15.07.201900:33:00UTC+00China cresce em ritmo mais lento desde o início de 1992

A economia da China expandiu-se no ritmo mais lento em 27 anos no segundo trimestre, enfatizando a necessidade de medidas para estimular o consumo interno e o investimento em meio a crescentes disputas comerciais com os EUA. O Produto Interno Bruto cresceu 6,2 por cento em uma base anual no segundo trimestre, mais lento que o crescimento de 6,4 por cento registrado no trimestre anterior, segundo estimativas preliminares do Departamento Nacional de Estatísticas. Este foi o crescimento mais fraco desde o início de 1992. A economia cresceu 6,3% no primeiro semestre do ano, em linha com as expectativas. No entanto, os dados mensais de junho mostraram sinais de estabilização na economia. Em junho, o crescimento anual da produção industrial avançou mais que o esperado, para 6,3%, ante 5% em maio. Este foi o crescimento mais rápido em três meses. A produção estava prevista para subir moderadamente em 5,2 por cento. Da mesma forma, as vendas no varejo cresceram em um ritmo mais rápido de 9,8 por cento, após subir 8,6 por cento um mês atrás. Economistas previam um aumento de 8,5% para junho. No acumulado do ano, o investimento em ativos fixos aumentou 5,8% em comparação com a expansão de 5,6% no período de janeiro a maio. Além disso, os dados mostraram que o investimento imobiliário registrou um crescimento de dois dígitos de 10,9% durante o período de janeiro a junho. Mas isso foi mais lento do que o aumento de 11,2% observado em janeiro a maio. A taxa de desemprego nas áreas urbanas subiu ligeiramente para 5,1 por cento em junho, de 5,0 por cento no mês anterior, mostraram dados. O NBS disse que a economia está sob nova pressão de baixa. A China intensificará os esforços de implantação de políticas em áreas como emprego, setor financeiro, comércio exterior e investimentos, de modo a impulsionar a saúde econômica, acrescentou o escritório de estatísticas. Mesmo com a política fiscal voltando a ser mais favorável, a atividade de construção ficará sob pressão nos próximos trimestres com o recente boom de desenvolvimento imobiliário, disse Julian Evans-Pritchard, economista da Capital Economics. Combinado com o aumento dos ventos contrários das tarifas dos EUA e com o crescimento global mais fraco, isso provavelmente culminará em uma desaceleração adicional no crescimento econômico no próximo ano, observou o economista.