27.03.202312:59:00UTC+00Crescimento dos empréstimos bancários da zona do euro enfraquece em fevereiro.

Em fevereiro, os empréstimos dos bancos da zona do euro ao setor privado registraram um crescimento mais lento, refletindo a fraca demanda por crédito em meio a taxas de juros mais altas e atividade econômica moderada, revelaram dados do Banco Central Europeu nesta segunda-feira. A taxa de crescimento anual do crédito ao setor privado desacelerou para 3,3% em fevereiro, a mais lenta desde agosto de 2021, ante 3,8% em janeiro. Ao mesmo tempo, os empréstimos ajustados ao setor privado registraram um crescimento anual de 4,3 por cento, que também foi mais fraco do que o aumento de 4,9 por cento do mês anterior. Os empréstimos ajustados marcaram seu aumento mais fraco desde dezembro de 2021. Entre os setores devedores, os empréstimos ajustados às famílias subiram 3,2 por cento ao ano, após um aumento de 3,6 por cento em janeiro. Da mesma forma, o crescimento dos empréstimos ajustados a empresas não financeiras diminuiu de 6,1% para 5,7%. Além disso, os dados mostraram que o agregado monetário M3 cresceu no ritmo mais fraco desde outubro de 2014. O M3 expandiu 2,9 por cento em uma base anual, mais lento do que o aumento de 3,5 por cento em janeiro. Previa-se que a taxa desacelerasse moderadamente para 3,2 por cento. Ao mesmo tempo, o agregado monetário M1, que compreende moeda em circulação e depósitos "overnight", caiu 2,7 por cento ao ano, o que foi maior do que a queda de 0,8 por cento em janeiro. Os dados de dinheiro e crédito de fevereiro mostram que, mesmo antes da recente pressão sobre os bancos europeus, os empréstimos bancários líquidos eram extremamente fracos e consistentes com a forte contração da economia, disse Jack Allen-Reynolds, economista da Capital Economics. Está se tornando mais evidente que o ciclo de alta terá um efeito de amortecimento significativo na economia ao longo deste ano, disse o economista do ING Bert Colijn. Com o efeito total dos recentes aumentos na economia ainda por vir e a incerteza em torno da turbulência recente, há riscos significativos de contração econômica, observou o economista.