O dólar americano é há muito tempo uma moeda de reserva dominante e um símbolo de confiabilidade e prosperidade econômica. No entanto, isto já faz parte do passado. A era do dólar norte-americano terminou. Devido à pandemia do coronavírus, a renda das famílias caiu e a dívida nacional dos EUA aumentou. Além disso, agora a China afirma ser a principal economia do mundo. Não é surpreendente, pois foi a China que surgiu da quarentena e retomou o trabalho de sua economia. A este respeito, muitos economistas preveem um colapso do dólar americano. Por exemplo, o eminente economista Stephen Roach está confiante de que a moeda americana entrará em colapso em 30-35% muito em breve.

Durante muito tempo, o dólar foi a principal moeda do mundo. Sua posição dominante se fortaleceu após a Primeira Guerra Mundial graças à superioridade militar dos EUA. Entretanto, no início dos anos 2000, houve uma tendência de longo prazo para o enfraquecimento da moeda americana, o que ainda é observado hoje.

De fato, julho de 2020 foi o pior mês para o dólar americano nos últimos 10 anos. Caiu para níveis mínimos de vários anos. Em apenas um mês, o dólar perdeu 6% em relação à libra, 5% em relação ao euro e 4% em relação ao franco suíço e ao dólar australiano.

A pandemia da COVID-19 expôs claramente os problemas de longa data dos Estados Unidos que vêm se acumulando há muitos anos. Assim, a crise se tornou um catalisador para seu desenvolvimento. A economia dos EUA enfrenta agora um crescente déficit orçamentário, recessão e o risco de deflação.

Como não havia economias pessoais no país para um "dia chuvoso" e a economia teve que ser resgatada, os americanos recorreram a investimentos de fora, o que levou a uma dívida nacional recorde. Os participantes do mercado investiram ativamente no dólar americano devido ao seu papel especial na economia global. Entretanto, agora os investidores não confiam no dólar americano devido ao crescente déficit governamental.

O governo dos EUA gasta trilhões de dólares para apoiar as empresas e a população, mas isto não é suficiente. De acordo com alguns relatórios, o PIB dos EUA caiu 32,9% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Também o dólar está sob pressão devido à política de Donald Trump. O líder americano não apoia a globalização e procura se distanciar dos outros países. Os Estados Unidos podem em breve perder seu status de líder mundial da economia e centro financeiro.

Este processo já começou, pois os traders estão investindo ativamente no ouro por medo de um conflito militar entre os Estados Unidos e a China. O fundador e diretor da APS Asset Management Pte Kok Hoi Wong acredita que é hora de retirar dinheiro dos títulos americanos. O especialista pensa que durante as eleições presidenciais americanas, as tensões políticas podem atingir o auge.

O dólar americano está agora perdendo terreno contra seu principal concorrente, o yuan chinês. Enquanto a pandemia está passando pelos Estados Unidos e o número de pessoas infectadas está aumentando rapidamente, a economia da China se recuperou rapidamente do vírus. Além disso, a economia chinesa, segundo os especialistas, está passando por uma fase de transformação de industrial para pós-industrial. Isto significa que a China se concentrará no mercado interno e será menos dependente das exportações. Isto, por sua vez, empurrará o yuan para um novo nível de uma moeda de reserva.

O Sr. Roach também observou que o aumento da demanda por petróleo fortalecerá o peso mexicano e o dólar canadense. Além disso, o euro, que sobreviveu a todos os choques econômicos durante os últimos 10 anos, tem boas perspectivas de crescimento futuro. Isto é o suficiente para derrubar o dólar americano.

Ao mesmo tempo, Charles Biderman, fundador da empresa analítica TrimTabs Investment Research, vê outro perigo. No momento, o desemprego nos EUA está aumentando, enquanto as economias estão caindo. Entretanto, as vendas de carros novos estão aumentando, assim como os preços dos imóveis. Isto indica que, em vez de economizar dinheiro, os americanos o gastam instantaneamente. Se o mundo enfrentar a segunda onda de coronavírus, o país enfrentará um forte declínio no consumo.

No entanto, isto não é o pior. Stephen Roach observou que a economia dos EUA está se recuperando muito lentamente e que há cada vez mais pessoas desempregadas no país. Isto levará a América a um profundo buraco de dívida, pois a população não tem nada a pagar por seus empréstimos. As autoridades não terão outra escolha senão continuar estimulando a economia, investindo os próximos trilhões de dólares. Portanto, o déficit orçamentário e a depreciação do dólar são inevitáveis.

O ex-secretário do Tesouro dos EUA Henry Paulson também está confiante de que o domínio do dólar está chegando ao fim. O papel do yuan aumentará devido à integração da economia da China nos processos globais. De fato, a moeda americana tem enfrentado as situações mais difíceis em toda a era pós-guerra.