O dólar subiu 0,7% contra seus principais rivais na sexta-feira depois que o relatório de emprego dos EUA para julho, melhor do que o esperado, aumentou o rendimento dos títulos do governo dos EUA.

De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, a taxa de desemprego do país caiu para 10,2% no mês passado de 11,1% em junho. Ao mesmo tempo, o número de empregos no setor não-agrícola dos Estados Unidos aumentou em 1,763 milhões contra a estimativa preliminar de 1,6 milhões. Houve também um aumento notável de 0,2% nos salários mensais contra os 0,5% da previsão.

Os legisladores americanos também ajudaram a fortalecer o dólar, que ainda não conseguiram chegar a um acordo sobre novas medidas de estímulo para a economia nacional. Como resultado, o crescimento dos índices de ações dos EUA estagnou, e os investidores voltaram novamente sua atenção para o dólar americano.

O dólar também é apoiado pelo aumento das tensões entre os Estados Unidos e a China.

Em 7 de agosto, o Tesouro americano impôs sanções a 11 altos funcionários na China continental e em Hong Kong, acusando-os de minar a autonomia de Hong Kong e de restringir as liberdades de seus cidadãos. Em resposta, Pequim decidiu impor restrições a 11 funcionários dos EUA.

Na segunda-feira, o índice do dólar está sendo negociado próximo de 93,6 pontos. O dólar está tentando aproveitar a vantagem obtida em meio ao lançamento de um forte relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA.

Esta semana, o foco da atenção dos traders é o relatório de julho sobre preços ao consumidor, vendas no varejo e produção industrial nos EUA. Enquanto isso, a recuperação do EUR / USD estagnou e o par entrou em uma fase de correção.

Um dos motores do crescimento do EUR / USD para máximos de dois anos foi a vantagem da Europa sobre os Estados Unidos na luta contra a COVID-19. Embora os novos surtos da doença em algumas partes da Europa continuem a ser insignificantes, eles não estão mais localizados.

As tentativas dos touros de quebrar acima de 1,19 não tiveram sucesso, os especialistas do Banco Danske veem a probabilidade de uma pausa mais pronunciada no movimento ascendente.

"Embora a política do Fed continue negativa para o dólar, as últimas estatísticas sobre os Estados Unidos trouxeram agradáveis surpresas. Em geral, o quadro da economia americana não parece tão dramático quanto temiam os investidores, que observavam com preocupação a nova onda da COVID-19 no país. Esta última, aparentemente, atingiu seu auge, enquanto notícias da Europa sinalizam o perigo de repetir o cenário americano. Isto pode esfriar o ardor dos touros sobre o euro", disseram eles.

O banco espera que o par EUR / USD seja negociado a 1,16 durante os próximos um a três meses.