Em uma reunião virtual organizada pelo Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde disse que o BCE está levando a Europa digital muito a sério, dizendo que o fechamento de países para quarentena forçou as pessoas a mudar para serviços digitais, aumentando assim o volume de pagamentos digitais mesmo em países como Itália e Alemanha, onde eles adoravam dinheiro em espécie.

As vendas cresceram cerca de um quinto desde fevereiro, e as estatísticas deste período piloto mostraram que mudanças significativas têm ocorrido, e que os pagamentos digitais são muito mais confiáveis.

"Devemos estar prontos para emitir o euro digital quando necessário", disse Fabio Panetta, economista italiano e membro do conselho do Banco Central Europeu.

O banco havia declarado anteriormente que o Eurosistema - o BCE e os bancos centrais nacionais - decidiriam até meados do ano seguinte se continuariam a mover gradualmente a Europa para o mundo digital.

O Eurosistema terá que considerar questões sérias, como riscos cibernéticos potenciais, o direito à privacidade e se a introdução da moeda digital pelo Banco Central significa a possibilidade de obter informações confidenciais sobre os usuários.

Também precisará examinar aspectos legais como as implicações de diferentes características de desenho, bem como os fundamentos para a extradição.

Lagarde disse que o euro digital não substituirá o dinheiro em espécie, mas simplesmente o complementará.

Moedas digitais como Bitcoin ou Ethereum se tornaram populares entre comerciantes e compradores on-line. De acordo com dados da CoinMarketCap.com, o valor total do mercado de criptografia subiu para cerca de US$ 360 bilhões este mês, de cerca de US$ 175 bilhões em apenas três anos.

Além disso, muitos bancos centrais já começaram a experimentar pagamentos digitais.

No início deste ano, o Banco Popular da China iniciou seu teste do Yuan digital, tornando-o assim a primeira moeda digital apoiada pelo banco central do mundo.

Mesmo o Riksbank sueco vem testando a forma eletrônica da coroa durante vários meses.

Enquanto isso, outros grandes bancos centrais, como a Reserva Federal, o Banco do Japão e o Banco da Inglaterra, adotaram uma abordagem mais sofisticada para introduzir a moeda digital apoiada pelo banco central.