O euro continuou a se fortalecer em relação ao dólar dos EUA, apesar de muitos sinais que indicam o status de sobrecompra de ativos de risco no curto prazo. A notícia da Casa Branca ontem, que sugere um possível pacote de estímulo antes das eleições nos EUA, ajudou os touros a continuar a tendência de alta do par EUR / USD.

De acordo com o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, a presidente da Câmara Nancy Pelosi e o secretário do Tesouro Steven Mnuchin fizeram progresso suficiente para continuar as negociações e chegar a um acordo. Essas notícias, é claro, colocaram pressão sobre o dólar americano e devolveu o apetite dos comerciantes por ativos de risco.

Para adicionar a isso, a presidente do BCE, Christine Lagarde, apresentou uma proposta para criar um fundo permanente de resposta econômica a crises. Ela disse que seria bom se o atual fundo de 750 bilhões se tornasse permanente, por meio do qual seria possível dar assistência aos países europeus que estão em crise.

"Devemos pensar em manter o fundo entre as ferramentas que as autoridades europeias podem usar em circunstâncias semelhantes no futuro", disse Lagarde.

Com relação ao par EUR / USD, ir além do nível de resistência de 1,1870 abrirá uma chance para o rompimento da 19ª cifra, bem como para a renovação de máximas em torno de 1,1920 e 1,1970. No entanto, deve-se observar que a atual tendência de alta pode se tornar de baixa no final desta semana, por isso é melhor ter cuidado e abrir posições compradas apenas após uma correção de baixa. Os níveis aceitáveis para isso são 1,1800 e 1,1770.

Quanto às estatísticas econômicas, um número bastante decepcionante foi relatado no mercado imobiliário dos EUA. De acordo com o relatório do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, o início das habitações cresceu apenas 1,9% em setembro e para 1,415 milhão de residências por ano, bem abaixo da previsão dos economistas, que é de um aumento de 3,8%, para 1,47 milhão. Além disso, os dados estão abaixo do nível pré-crise alcançado em fevereiro de 2020.

Os representantes do Fed também fizeram discursos ontem, e foram principalmente sobre o crescimento da economia dos EUA. Por exemplo, o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, disse que a recuperação é claramente desigual, mas provavelmente continuará, mesmo em 2021, onde a taxa de desemprego pode cair para 5,5%. Quanto à inflação, Evans disse que podem surgir problemas, mas a continuação da política fiscal do governo dos Estados Unidos certamente melhorará as perspectivas.