Após a tão esperada reunião do Fed, a moeda dos EUA entrou em colapso e depois disparou com a mesma rapidez. Estas flutuações agitam o mercado e muitas vezes confundem os investidores.
A primeira queda acentuada no preço do dólar foi registrada logo após a reunião da Reserva Federal. Naquele momento, o dólar desabou, puxando o euro com ele. Segundo analistas, em suas ações, o regulador está próximo da redução dos estímulos, que os mercados esperam ansiosamente, e planeja aumentar as taxas três vezes até 2023.
De acordo com a previsão atualizada do Comitê de Operações de Mercado Aberto (FOMC), conhecida como o "ponto plot", o primeiro aumento das taxas ocorrerá em 2022, e o próxima - em um ano. O gráfico do ponto demonstra que o momento ideal para o primeiro aumento da taxa chave é o final do próximo ano.
A situação atual enfraqueceu significativamente a posição da moeda norte-americana. Ela foi facilitada pelas ações um tanto caóticas dos traders, que inicialmente se concentraram no possível prazo de redução do QE e venderam o USD. Entretanto, após não receber os sinais claros sobre o momento da conclusão dos programas de estímulo, os participantes do mercado correram para o outro extremo, comprando dólares ativamente. Como resultado, o dólar vivenciou um choque, uma vez que tais flutuações de preços não passam despercebidas. Observe que os membros do FOMC são quase unânimes quanto à restrição do programa de compra de ativos: ele começará antes do final de 2021.
A moeda europeia se mostrou mais estável em relação à americana. Antes da publicação dos resultados da reunião dos representantes da Reserva Federal, o "europeu" subiu de preço contra o "americano", subindo para 1.1728. Na manhã de quinta-feira, 23 de setembro, o par EUR/USD estava sendo negociado a 1.1721, perdendo ligeiramente sua posição.
O banco central dos EUA atendeu às expectativas do mercado, mantendo os parâmetros da atual política monetária inalterados. A taxa básica de juros também permaneceu no nível de 0-0,25% ao ano. O regulador permitiu um abrandamento no ritmo de recompra de ativos no futuro próximo, mas sujeito a "progresso significativo" em termos de emprego e inflação. Especialistas chamaram a atenção para a conferência de imprensa de Jerome Powell, o chefe do órgão regulador, que esclarece melhor a situação atual.
De acordo com o presidente do Fed, a redução das compras mensais de títulos em 120 bilhões de dólares pode começar após a reunião marcada para 2-3 de novembro. A implementação deste plano só é possível no caso de um aumento constante do emprego nos Estados Unidos em setembro, disse J. Powell. Segundo o atual chefe do Fed, "para reduzir o programa de compra de títulos, não é necessário um relatório sobre indicadores ultra-altos no mercado de trabalho". Nesta base, os especialistas concluem que os indicadores de emprego nos Estados Unidos devem ser moderadamente altos ou médios. Outro resultado importante da última reunião, os analistas acreditam que o Federal Reserve duplicou o limite de contrapartes sob o acordo de reporte reverso. Trata-se de um aspecto importante da estratégia monetária, uma vez que este procedimento é um gatilho para reduzir os incentivos.
A dinâmica adicional do dólar norte-americano depende do tempo e do ritmo da próxima conclusão do programa do QE. De acordo com cálculos preliminares, ele terminará em meados de 2022. Os especialistas estão aguardando os primeiros sinais indicando o lançamento desta medida tão esperada na reunião do Fed, que será realizada nos dias 2-3 de novembro de 2021.
