Países sob diferentes sistemas políticos expressam a retórica oposta na Internet e sua influência social. Os líderes estatais autocráticos iniciam uma repressão aos recursos da web antigovernamentais, enquanto os países liberais adotam uma abordagem flexível. Em suma, todos eles perseguem o mesmo objetivo que a Internet independente. Como outros países, a Alemanha depende dos serviços de nuvem dos EUA, executados pela Amazon, Microsoft e Google. Berlim promove a ideia da "soberania digital" da UE. Em vez de restringir as regulamentações sobre os provedores de Internet, a Alemanha acolhe a concorrência leal e convida empresas alemãs e europeias a ingressar no projeto Gaia-X, que é “uma infraestrutura de dados competitiva, segura e confiável para a Europa". Angela Merkel insiste que a UE deve desenvolver seus próprios serviços digitais para armazenar e processar dados fora dos gigantes da computação em nuvem nos EUA. O Chanceler da Alemanha está surpreso com o fato de que "tantas empresas terceirizaram todos os seus dados para empresas americanas". Além disso, a pedido de Berlim, o comissário da UE para a concorrência, Margrethe Vestager, vai acompanhar de perto as empresas de TI do Vale do Silício, especialmente Google e Facebook. "À luz dos desenvolvimentos atuais na economia global de dados e digital, exigimos uma supervisão mais rigorosa de práticas abusivas para manter a concorrência", diz a diretiva da Alemanha.