O sentimento do mercado é dominado pelo pânico, devido ao surto do coronavírus chinês. Segundo os especialistas, a epidemia representa uma ameaça real para a economia global. Muitos especialistas estão certos de que esse problema também afetará a maior economia do mundo - os Estados Unidos.

Inicialmente, não havia nada a prejudicar a economia dos Estados Unidos. No final de 2019, a redução das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China tornou possível reduzir significativamente os riscos para a economia americana. Outra razão para o optimismo dos investidores foi uma possível recuperação econômica na área do euro. No entanto, a situação mudou. A Reserva Federal vê a propagação do coronavírus chinês como uma ameaça para as perspectivas econômicas dos EUA.

No testemunho semestral perante o Congresso, o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, relatou que a economia dos EUA entrou em seu 11º ano consecutivo de crescimento. O legislador enfatizou um número impressionante de empregos criados pela economia americana e sua capacidade de gerar mais empregos.

Isso pode ser confirmado pelos fortes dados de empregos no mercado de trabalho americano do mês passado. A economia americana adicionou 225 mil empregos, e a taxa de desemprego subiu para 3,6% em relação aos 3,5% do ano anterior. A taxa de inflação do país ainda está abaixo da meta de 2%. No entanto, a Reserva Federal destaca que os indicadores prospectivos das expectativas dos consumidores e das empresas relativamente à inflação permanecem estáveis.

Na semana passada, em 28-29 de janeiro, o Comitê Federal de Mercado Aberto realizou uma reunião. Como resultado, deixou sua taxa de juros dos fundos federais inalterada na faixa de 1,5% a 1,75%. O FOMC observou que não encontrou razões para alterar a sua política monetária. Pelo contrário, os indicadores atuais refletem a estabilização. Portanto, não há necessidade de mudanças, apontou o comitê.

Segundo os especialistas, a única ameaça vem da epidemia de pneumonia na China causada pelo coronavírus. A epidemia deste vírus mortal é capaz não só de descarrilar uma estabilização frágil na economia chinesa, mas também de atingir o globo terrestre. O Fed teme que a desaceleração econômica da China possa ter um efeito destrutivo nos Estados Unidos e nos mercados globais também devido ao baixo apetite pelo risco, a valorização da moeda americana, uma redução nos volumes de comércio, bem como preços mais baixos das commodities.

Se a situação econômica piorar acentuadamente, é provável que a Reserva Federal baixe novamente a taxa. No entanto, a Reserva Federal espera não ter de recorrer a esta medida, a menos que ocorra alguma mudança dramática.