O balanço do Federal Reserve está subindo. Em uma declaração semanal sobre seus ativos e passivos, no final de maio, o banco central dos EUA informou que a quantidade de títulos e outros valores mobiliários aumentaram para mais de US $ 7 trilhões pela primeira vez em registro. O balanço aumentou quase duas vezes nos últimos seis meses. No outono de 2019, o portfólio de ativos do Fed dos EUA chegou a quase US $ 4 trilhões. É importante ressaltar que, naquele tempo, a economia dos EUA mantinha um ritmo constante de crescimento do PIB, de modo que o banco central não achou apropriado fornecer liquidez extra. No entanto, a pandemia de coronavírus forçou o presidente do Fed, Jerome Powell, a adotar uma flexibilização monetária agressiva. Nos últimos seis meses, o Fed vem expandindo a escala de compra de Títulos com o crescimento da crise da pandemia. Assim, o regulador aumentou seu portfólio com US $ 103 bilhões em uma única semana no início do ano. O Fed adicionou US $ 120 bilhões em títulos do Tesouro e lastreados em hipotecas em meados de março, quando a pandemia atingiu seu pico. A desvantagem desse método de estímulo econômico é que o Tesouro dos EUA emprestará outros US $ 3 trilhões no mercado de dívida nos próximos seis meses. Não está claro quem será capaz de comprar títulos de dívida em um valor tão alto. Um dos cenários plausíveis é que o Fed dos EUA precisará lançar um novo programa de QE, mas o regulador deve ter uma desculpa para isso.