A furiosa pandemia do COVID-19 não apenas desafia a capacidade dos países de conter o vírus, mas também testa o sistema financeiro internacional e sua moeda dominante - o dólar americano. Quanto aos Estados Unidos, parece que o surto de vírus apenas fortaleceu a posição “America First”, apoiada por Donald Trump. Os EUA não estão mais dispostos a ajudar o resto do mundo. A administração de Trump já deixou claro que agiria sozinha e exclusivamente no "interesse nacional" quando se trata de política externa. Esta declaração razoável provocou uma onda de críticas ao domínio do dólar americano. Benjamin Cohen, professor de Economia Política Internacional da Universidade da Califórnia, questiona o papel principal da moeda americana. “Quanto mais os Estados Unidos apresentarem duas faces, mais provável será que caiam de sua posição de longa data no topo do sistema monetário e financeiro internacional. Afinal, por quanto tempo os investidores internacionais e governos estrangeiros confiarão no dinheiro de um parceiro cada vez menos confiável? ” ele enfatiza. Por outro lado, há pouco risco de uma fuga maciça do dólar. Além disso, a julgar pela situação nas bolsas de valores, a crise do COVID-19 reafirmou mais uma vez o status do dólar do principal ativo de refúgio.