A China emprega de bom grado todas as ferramentas de estímulo disponíveis para sustentar a economia em crise. O Banco Popular da China não tem nada contra a técnica comprovada de manipulação de moeda. A pandemia prejudicou a segunda maior economia global. Além disso, o COVID-19 golpeou as ambições políticas da China. Portanto, Pequim acredita que medidas difíceis são bastante apropriadas. Obedecendo à diretiva do partido comunista, o banco central desvalorizou a taxa de câmbio do Yuan para o nível mais baixo desde 2008. O renminbi caiu 270 pontos em um único dia para 7.1209 em relação ao dólar americano, a maior queda já registrada. Essa medida não pegou os participantes de mercado desprevenidos, embora esperassem uma desvalorização menor. Notavelmente, as autoridades monetárias da China não admitem irregularidades nesses truques, dizendo que esses ajustes são uma prática comum no Forex.

Especialistas da subsidiária chinesa do UBS dizem que o Yuan está flutuando a uma taxa de câmbio apropriada. Sua estabilidade é mantida pela política monetária do Banco Popular da China. Eles esperam que o renminbi continue flutuando em um intervalo flexível por um tempo. Curiosamente, o banco central já desvalorizou a moeda nacional em fevereiro deste ano. No entanto, naquela época era complicado calcular a escala do dano pandêmico. Assim, no início deste ano, alguns analistas estavam apostando na força do Yuan em meio a expectativas de uma rápida recuperação na economia da China. Na prática, o coronavírus martelou essas previsões. Atualmente, o Yuan está sendo negociado em mínimos históricos, enquanto a economia doméstica está mergulhando nas profundezas de uma desaceleração.