Alguns especialistas do mercado observam que a libra britânica agora se parece muito com a moeda dos países em desenvolvimento. Depois que o Reino Unido finalmente deixou a União Europeia, a libra esterlina começou a se comportar imprevisivelmente como uma moeda dos mercados emergentes.

Atualmente, a moeda britânica está presa entre duas etapas: por um lado, a demanda pela moeda é extremamente baixa entre os investidores e, por outro lado, a demanda do Banco da Inglaterra é bastante dinâmica. Como resultado, a libra esterlina é altamente volátil e uma oscilação acentuada é geralmente o futuro das moedas de mercados emergentes. Essa suposição foi feita por economistas do Bank of America. "A libra se assemelha cada vez mais às moedas emergentes mais líquidas do que à moeda principal do G10", disse o analista de moeda Kamal Shah. "Acreditamos que a libra esterlina está evoluindo para uma moeda que se assemelha à realidade subjacente da economia britânica: pequena e diminuindo com um crescente problema de déficit duplo, semelhante a moedas [líquidas de mercados emergentes]", acrescentou. Além disso, a dívida pública do Reino Unido pode se transformar em déficit duplo: uma situação em que há um déficit no orçamento do estado e na conta-corrente da balança de pagamentos, bem como no custo das importações e nos pagamentos a investidores estrangeiros. Os especialistas não sabem ao certo como a situação se desenrolará no Reino Unido. Normalmente, os países cuja moeda não está incluída em uma lista das principais moedas de reserva enfrentam uma queda na entrada de moeda estrangeira no mercado local.

De acordo com analistas do Bank of America, é hora de abrir ordens curtas na libra esterlina contra o euro, franco suíço e iene.