A Reserva Federal dos EUA mantém condições financeiras altamente acomodatícias sob a grave crise econômica desencadeada pela pandemia da COVID-19. Em outras palavras, em uma ação de emergência, o banco central mais influente ligou a impressora em sua capacidade máxima no início da primavera. Os especialistas chamam esta estratégia de perigosa, advertindo que o dólar americano está prestes a perder o status de moeda de reserva número um do mundo a curto prazo.

Os analistas do Goldman Sachs também estão céticos quanto à intenção do Fed de fornecer liquidez ilimitada em dólares para os mercados financeiros. Por sua vez, a Casa Branca afirma que o senso de responsabilidade e seu mandato são responsáveis pelo pacote de estímulos sem precedentes. De fato, o governo tem um compromisso social com os cidadãos e as empresas americanas. O setor financeiro é uma preocupação especial para as autoridades americanas, pois é particularmente vulnerável à crise provocada pelo coronavírus. Para mitigar suas consequências, as autoridades monetárias vieram com a única solução. O banco central acha que não pode fazer nada além de imprimir tantas notas de dólar quantas achar apropriado. Entretanto, a expansão astronômica da oferta de dinheiro representa uma ameaça para a economia doméstica em meio a uma queda no produto interno bruto e uma forte diminuição dos Tesouros dos EUA.

O balanço do Fed foi de 2,8 trilhões de dólares este ano. Assim, a oferta ilimitada de dinheiro no fundo do caos econômico pode acabar com o reinado do dólar no futuro próximo, Goldman Sachs faz a conclusão.