A China está a caminho de destronar os EUA como líder no processamento de petróleo. O primeiro passo neste desafio é o lançamento de uma nova unidade de destilação de petróleo (CDU) na Rongsheng Petrochemical, o gigantesco complexo de refinaria de petróleo em Zhoushan, no Nordeste do país.

De acordo com a Bloomberg, esta usina é uma dos quatro maiores projetos de processamento de petróleo do mundo, com uma capacidade máxima de 1,2 milhão de barris por dia. Os estrategistas de energia dizem que a pandemia de COVID-19 desencadeou mudanças fundamentais irreversíveis nas capacidades de produção em todo o mundo. As refinarias mais poderosas agora estão concentradas na Ásia, tendo ultrapassado as capacidades de processamento de petróleo nos Estados Unidos e na Europa. A demanda por plásticos e petróleo está crescendo continuamente na Ásia.

Ao mesmo tempo, os especialistas apontam que as refinarias ocidentais agora estão reduzindo suas capacidades. Os países europeus têm dificuldade em combater uma grave crise energética induzida pela pandemia. Outra razão por trás do menor consumo de petróleo na Europa é que as autoridades estão mudando o foco para o combustível ecologicamente limpo, deixando de lado o combustível fóssil.

Especialistas acreditam que a liderança da China na indústria de refino de petróleo é uma questão de tempo. A Agência Internacional de Energia afirma que, até o presente, os EUA reinam no setor desde o início do boom do petróleo, ou seja, desde meados do século XIX. No entanto, os especialistas estão certos de que a China dará o tom no processamento de petróleo em 2021.

Atualmente, a China está assumindo a liderança na indústria siderúrgica global. Suas várias grandes usinas siderúrgicas atendem à demanda interna e externa. Além disso, esta economia emergente está desafiando as refinarias de petróleo europeias e americanas.

Os especialistas reconhecem que a China está na vanguarda da expansão robusta das economias asiáticas. A China deve seu poder econômico ao aumento da capacidade de suas fábricas locais de processamento de petróleo, bem como ao lançamento de algumas fábricas na Índia e no Oriente Médio. A China compra grandes volumes de gasolina, diesel e outros tipos de combustível para suas fábricas de processamento de petróleo. Paralelamente, a produção das empresas petrolíferas da Europa e dos EUA está diminuindo.

O boom no processamento de petróleo na China foi impulsionado pela demanda flutuante por produtos petroquímicos como materiais intermediários para a produção de plásticos. Os especialistas dizem que, embora os países asiáticos tenham entrado no ciclo de rápido crescimento econômico, a Ásia continua sendo um importador líquido de petróleo. A Agência Internacional de Energia estima que o consumo global de petróleo pode encolher 8,8 barris por dia em 2020. No entanto, espera-se que a demanda se recupere em 2021.