30.03.202010:37:00UTC+00Sentimento Econômico da zona do euro cai mais do que o previsto

A confiança econômica da Zona Euro registou o seu declínio mensal mais forte já visto em março, com a propagação do coronavírus a pesar em todos os setores. De acordo com o inquérito mensal da Comissão Europeia, o índice de confiança econômica caiu acentuadamente para 94,5 em Março, contra 103,4 em Fevereiro. No entanto, a leitura foi acima da previsão dos economistas de 91,6. A UE informou que os dados publicados hoje podem ser menos precisos uma vez que as respostas ao inquérito foram recolhidas entre 26 de Fevereiro e 23 de Março, no contexto da luta contra o coronavírus. Houve diferenças consideráveis entre países quanto a quando o trabalho de campo parou efetivamente devido a medidas de contenção decretadas para combater a propagação do vírus, acrescentou a UE. O colapso da confiança foi particularmente forte nos serviços e no comércio a retalho. O índice de confiança nos serviços caiu de 11,1 em Fevereiro para -2,2. Previa-se que a pontuação descesse para -5,0. Esta queda recorde foi alimentada pelas expectativas de procura em queda dos gestores, pelas avaliações da situação empresarial passada e da procura passada. O indicador de confiança dos varejistas caiu para -12,4 de +1,1 em fevereiro. A forte queda na confiança do comércio varejista reflete uma queda sem precedentes na avaliação dos varejistas sobre a situação de negócios esperada. Em grande parte devido às expectativas de produção em queda dos gestores, o índice de sentimento industrial ficou em -10,8 contra -6,2 há um mês. A pontuação esperada foi de -12,6. O indicador de confiança dos consumidores caiu para -11,6, como inicialmente estimado, de -6,6 no mês anterior, principalmente devido a uma queda excepcionalmente forte nas expectativas em relação à situação econômica geral. O índice de sentimento da construção caiu moderadamente para 2,7 em março, de 5,4 há um mês. Ao mesmo tempo, as expectativas de preços de venda diminuíram acentuadamente nos quatro sectores de atividade, novamente liderados pelos serviços e pelo comércio a retalho. Além disso, o índice de confiança das empresas caiu para -0,28 em março, de -0,06 no mês anterior.