Os dados comerciais da manhã de quinta-feira mostraram que os preços globais do petróleo caíram 2%. Os investidores estão realizando lucros após o crescimento das cotações em quase 4% e continuam monitorando ativamente a situação com a contagem dos votos nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
Com isso, o preço do janeiro futuro para a mistura de petróleo Brent do Mar do Norte caiu 1,99% e agora está em $ 40,41. Os contratos futuros de dezembro para o petróleo WTI perderam 2,02% e chegaram a US $ 38,36 por barril.
Na quarta-feira, as cotações do petróleo subiram 4% no contexto das notícias dos EUA. Fontes oficiais disseram que as reservas comerciais de ouro negro no país diminuíram em 8 milhões de barris de 23 a 30 de outubro, enquanto analistas anteriores previam um aumento de 0,9 milhão.
De acordo com o Departamento de Energia dos Estados Unidos, a produção no país no período do relatório foi em média de cerca de 10,5 milhões de barris, uma redução de 600.000 barris por dia. Enquanto isso, os estoques de gasolina aumentaram em 1.541 mil barris e chegaram a 227,665 milhões de barris. Os estoques comerciais de destilados caíram 1.584 mil barris, atingindo 154,644 milhões de barris. Ao mesmo tempo, os especialistas entrevistados anteriormente esperavam uma redução nas reservas de gasolina em 800 mil barris e uma diminuição nos estoques de destilados em 2500 mil barris.
Se olharmos para a dinâmica da produção de petróleo desde o início do ano, em janeiro era em média 12,755 milhões de barris por dia, em fevereiro - 12,746 milhões, em março - 12,737 milhões, em abril - 12,01 milhões, em maio - 10,019 milhões, em junho - 10,446 milhões, e em julho - 10,984 milhões de barris por dia. No ano passado, a produção média de petróleo girou em torno de 12,248 milhões de barris por dia. Os dados exatos são relatados em relatórios mensais com intervalo de dois meses. De acordo com dados preliminares, a produção de ouro negro em agosto foi de 10,87 milhões de barris por dia, e em setembro - 11,22 milhões de barris. Os dados exatos de agosto serão divulgados no final de outubro.
O foco dos mercados hoje está, sem dúvida, nas eleições presidenciais dos EUA. De acordo com estimativas preliminares, o candidato democrata Joe Biden está na liderança. Apesar disso, o atual presidente republicano Donald Trump anunciou sua vitória na noite de quarta-feira e acusou os democratas de tentar "roubar as eleições". Além disso, Trump ameaçou vários estados com ações judiciais e disse que exigiria uma recontagem em Wisconsin, onde Joe Biden venceu.
No momento, os resultados finais da votação em vários estados ainda são desconhecidos, mas o oponente de Trump está cada vez mais confiante se aproximando da vitória. De acordo com os dados mais recentes, o candidato democrata está à frente do titular com 264 votos do colégio eleitoral dos 270 exigidos, com 214 votos de Trump. Ao mesmo tempo, os republicanos provavelmente manterão o controle do Senado, o que se tornará um sério obstáculo às medidas em grande escala para combater as consequências da pandemia COVID-19.
Anteriormente, especialistas disseram que a vitória de Donald Trump seria mais otimista para o mercado de petróleo, uma vez que a OPEP + será capaz de reduzir a produção de ouro negro sem temores de que o petróleo iraniano ocupe um lugar significativo no mercado em um futuro próximo.
Essa incerteza em torno das eleições nos Estados Unidos está deixando muitos grandes investidores nervosos. Nesse sentido, as próximas semanas podem se tornar muito turbulentas e voláteis para os participantes do mercado de matérias-primas.
As notícias sobre uma redução na demanda na Europa alimentam o fogo de sentimentos já negativos. Por exemplo, o uso médio de rodovias na Itália, Espanha e França bateu o recorde de menor nível desde o final de junho.
No entanto, a OPEP + está tentando tomar as medidas mais eficazes para evitar uma crise no mercado de commodities. Assim, a Argélia, que preside este ano a citada entidade, anunciou que, junto com Rússia, Iraque e Arábia Saudita, está tentando persuadir outros membros da OPEP + a estenderem os atuais cortes na produção de petróleo.
Em uma reunião do Comitê de Finanças e Orçamento da Assembleia Popular Nacional, o Ministro da Energia argelino, Abdelmadjid Attar, propôs estender o acordo para o primeiro trimestre do próximo ano.
Lembre-se de que os países da OPEP + em abril de 2020 concordaram com uma redução recorde na produção de petróleo em meio a uma queda descontrolada na demanda de petróleo em meio à pandemia de coronavírus. Pelo acordo, o volume de produção de petróleo deve ser reduzido em 9,7 milhões de barris por dia em maio a junho de 2020 (posteriormente essas restrições foram estendidas para julho), e de agosto a dezembro - em 7,7 milhões de barris por dia. Do início de 2021 a maio de 2022, a produção deve diminuir 5,8 milhões de barris por dia.
A possibilidade de uma revisão adicional do volume de cortes na produção de petróleo está sendo considerada no contexto de um aumento no número de casos COVID-19 e as subsequentes duras medidas de quarentena na Europa, que podem limitar ainda mais a demanda por petróleo.
