De acordo com a última pesquisa do Conselho Mundial do Ouro (WGC), a demanda pelo ouro começou a subir no segundo trimestre de 2021, mas isso não é o suficiente para corrigir a fraqueza observada no início do ano.

Na quinta-feira, o relatório do WGC sobre as tendências da demanda do ouro, para o segundo trimestre de 2021, relatou que a demanda global para o ouro totalizou 955,1 toneladas, o que quase não mudou comparada ao segundo trimestre de 2020. Mas o relatório diz que, na primeira metade do ano, a demanda geral para o ouro caiu 10%.

Apesar da demanda em queda na primeira metade, o gestor de pesquisas do WGC, Juan Carlos Artigas, disse que os investidores olham além, descrevendo a venda no mercado de investimentos como um ajuste tático depois das entradas recorde de capital no ano passado.

Olhando o mercado como um todo, o WGC disse que, enquanto o metal amarelo estabilizou-se entre abril e junho, não conseguiu recuperar-se da queda brusca na demanda de investimentos, nos três primeiros meses do ano.

De acordo com o WGC, a demanda de investimentos global para o ouro totalizou 283,9 toneladas, 52% a menos que no segundo trimestre de 2020. Apesar do fato de que a demanda por ETFs foi fraca, o relatório diz que a demanda pelo ouro e moedas permaneceu estável no segundo trimestre, aumentando em 243 toneladas. Isso é 56% menos que no ano passado, mas 30% menos que no primeiro trimestre de 2021.

O WGC também notou uma melhoria significativa no setor de joias, que foi especialmente atingido devido à pandemia da COVID-19. O relatório diz que a demanda global por joias totalizou 390,7 toneladas. Isso é 60% maior que no ano passado. Mas a demanda total para a primeira metade do ano totalizou 873,7 toneladas, 17% menos que a média para os últimos cinco anos.

O WGC prevê que a demanda por joias continuará melhorando durante o ano, mas permanecerá abaixo da média de cinco anos.

Em relação a dois importantes mercados regionais de joias, o relatório diz que, no segundo trimestre, a demanda por joias de ouro na China aumentou para 147 toneladas, subindo 67% desde o ano passado.

O segundo trimestre está sazonalmente baixo, mas os decisores continuam focando em impulsionar o consumo interno por iniciativas, como festivais comerciais, que provavelmente impulsionarão o consumo local de ouro. Além disso, o crescimento econômico também deve permanecer favorável. Isso foi declarado no relatório.

A Índia viu um aumento de 25%, que totalizou 157,6 toneladas na primeira metade do ano, 46% abaixo do valor para a primeira metade de 2019 e 39% abaixo da média de cinco anos.

Um dos maiores destaques no mercado do ouro foi a retomada da demanda de bancos centrais. De acordo com o relatório, o banco central comprou 333 toneladas de ouro na primeira metade de 2021, subindo 39% da média de cinco anos.

A Tailândia, Hungria e Brasil foram os maiores compradores de ouro.

Outro componente notável porém pequeno do setor do ouro, foi o crescimento na demanda industrial. O relatório diz que a demanda industrial pelo ouro aumentou 18% para 80 toneladas.

E no segundo trimestre, a demanda pelo ouro está baixa. Mas na primeira metade do ano, o fornecimento aumentou 4%, para 2.308 toneladas. A produção nas minas subiu 9% para 1.783 toneladas, o maior aumento na primeira metade do ano e registrado.