O foco do mercado, hoje, permanece no impacto das infecções por coronavírus na habilidade da economia global de crescer ativamente. Além disso, o foco permanece na desaceleração do crescimento econômico, em países economicamente desenvolvidos, liderados pela América e a publicação de novos dados sobre os empregos nos Estados Unidos esta semana.

A economia americana enfrentou um problema grave, que não foi pequeno, embora parcialmente, mas foi resolvido no inverno deste ano. A recuperação foi bem ativa, mas os novos ataques da COVID-19, ou melhor da variante indiana, estão desacelerando esse processo, contribuindo para uma desaceleração no crescimento do mercado de trabalho local.

Lembre-se que a administração de J. Biden adotou um programa, para estimular a economia nacional e assistir financeiramente os americanos no início do ano, o que por fim levou ao fato de que um grande número de trabalhadores, pouco qualificados, preferissem receber os benefícios do que trabalhar. Já apontamos esse problema, que agora será extremamente difícil para as autoridades solucionarem com medidas não populares, que certamente causarão uma nova instabilidade social. Uma tentativa de estimular o crescimento do mercado de trabalho, diante as medidas de auxílio com presentes de "helicóptero" não resolverá o problema, então esperamos uma reavaliação da situação atual nos Estados Unidos, mais próxima da queda e do início de um processo gradativo de eliminar as medidas de auxílio. Enquanto isso, dificilmente podemos esperar um aumento notável no número de novos empregos, que por sua vez pressionará o crescimento econômico e, como resultado, restringirá a demanda, primariamente para ações de empresas que dependem completamente desse processo.

No mercado cambial estrangeiro, a fraqueza do mercado de trabalho, por um lado, pressionará o dólar dos EUA. Mas por outro lado, também o apoiará. Essa estranha situação pode ser explicada pela influência de fatores multidirecionais, que têm ativamente influenciado os mercados financeiros desde 2020. A pressão no dólar é feita pelo rumo ultra suave da política monetária do Fed, além da presença de medidas de estímulo em larga escala. As declarações rígidas de Powell, sobre o desejo do regulador de seguir esse caminho por um período indefinido, são o principal motivo. Ao mesmo tempo, o dólar não está caindo por causa de seu status, como a moeda reserva mundial. Está em demanda ante o cenário da desaceleração do crescimento econômico, pressão da pandemia da COVID-19 e a falta de outros instrumentos financeiros reais como refúgio. Até o ouro parece desconfortável na situação atual, devido ao risco contínuo de uma mudança na taxa monetária pela Reserva Federal essa primavera.

No geral, continuamos esperando que as tendências atuais continuem até setembro.

Previsão do dia:

O par USD/JPY continua caindo ante o cenário da desaceleração do crescimento global e a demanda crescente para ativos protetores. Acreditamos que, depois de uma queda abaixo de 109,20, o par continuará caindo para 108,60.

O par XAU/USD permanece em uma faixa ampla de 1793,00 a 1833,00. Mas se o sentimento do mercado continuar em deterioração, o preço do ouro tentará testar a marca de 1833,00 novamente.