Na quarta-feira, os preços globais do petróleo continuaram a cair pela segunda sessão consecutiva. A principal razão para a dinâmica negativa do mercado de commodities é a preocupação dos investidores sobre a demanda em meio a casos crescentes de coronavírus em todo o mundo. Outro fator de queda é o déficit de combustível automotivo em vários grandes estados.

Enquanto escrevia esta análise, os futuros de petróleo bruto Brent para dezembro caíram 1,68%, para $77,76 dólares por barril, enquanto os futuros de novembro caíram 1,38%, para $78 por barril. No dia anterior, os contratos de novembro perderam 0,6%, terminando em US$ 79,09 por barril.

Os contratos futuros do WTI para novembro caíram 1,7%, para $74,01 por barril. No fechamento da terça-feira, estes contratos caíram 0,2% para $75,29 dólares por barril.

Ao mesmo tempo, o total global de estoques de petróleo se equilibra perto dos máximos, registrados pela última vez no final de 2018. A principal razão para a euforia do mercado é a oferta limitada. Notavelmente, a produção de petróleo bruto no Golfo do México, suspensa devido ao Furacão Ida, ainda não foi totalmente restaurada, enquanto as reservas de petróleo estão atingindo níveis mínimos de 3 anos.

Na quarta-feira, a atenção dos investidores está voltada para novas estatísticas do Instituto Americano de Petróleo. De acordo com a API, a quantidade de estoques de petróleo bruto nos EUA aumentou em 4,2 milhões de barris na semana passada. Entretanto, os analistas do mercado de commodities previram a redução do índice. Os dados semanais dos estoques de petróleo bruto do Departamento de Energia dos EUA devem ser recebidos na quarta-feira à noite. De acordo com as previsões preliminares dos especialistas, espera-se um declínio de 1,652 milhões de barris. Além disso, caso a DOE dos EUA confirme as informações sobre o crescimento dos estoques de petróleo do API, será o primeiro aumento do indicador em oito semanas.

Os investidores estão confiantes de que a OPEP e seus aliados informarão que manterão restrições de fornecimento de petróleo cru durante a reunião da próxima semana. Apesar de a situação ter mudado muito pouco, o petróleo quebrou acima de 80 dólares por barril, o que pode provocar pressão sobre os membros da OPEP.

Na véspera, os analistas baixaram suas previsões de crescimento econômico da China este ano devido a restrições no consumo de energia. De acordo com o novo cenário, espera-se um aumento do PIB da China de 7,8% em relação a 2020. Anteriormente, os especialistas previam um aumento de 8,2%.

Os especialistas estão preocupados que as dificuldades do mercado imobiliário na China e os problemas com o fornecimento de energia possam afetar profundamente a demanda por petróleo.

Quanto às previsões de curto prazo dos analistas sobre os preços globais do petróleo, eles afirmam que os preços continuarão a crescer e atingirão US$85- US$90 por barril para o Brent até o final do ano.