A moeda norte-americana subiu e deve continuar se fortalecendo. Consequentemente, o iene japonês pode enfraquecer por essa moeda ser a mais sensível a mudanças no dólar. Além disso, o Banco do Japão disse na terça-feira que não há necessidade de aperto na política monetária no momento. Se o Federal Reserve dos EUA novamente sugerir o primeiro aumento da taxa em março em sua reunião de janeiro, o iene japonês pode cair.

Até agora, podemos observar a primeira tentativa dos players do mercado de acabar com o impulso de baixa do USD/JPY. A cotação provavelmente se consolidará no intervalo entre 114,20 e 114,65. O nível de 114,75 é visto como uma forte resistência. O dólar pode precisar de muita força para romper a barreira. Assim que superar a resistência e se estabelecer acima, o sentimento de alta no mercado aumentará.

A demanda pelo dólar americano é alimentada pela próxima reunião do regulador americano. Por essa razão, o euro e a libra não conseguiram tirar proveito de seus fortes relatórios macroeconômicos. O Reino Unido divulgou resultados impressionantes do mercado de trabalho. Isso significa que o Banco da Inglaterra pode iniciar o caminho da normalização da política monetária em fevereiro. O par GBP/USD caiu abaixo de 1,3600 na terça-feira. É provável que os dados de inflação que serão divulgados na quarta-feira forneçam suporte para a libra esterlina. O suporte é visto no nível de 1,3550.

Talvez este seja o único fator que poderia levar a um rali de curto prazo da libra. Quanto mais próxima à reunião do Federal Reserve, maior o risco de um declínio na libra. Há muitas razões a favor de uma tendência de baixa, e o ponto de entrada de venda é visto em 1,3550.

No geral, os analistas não estão dispostos a desistir da libra. De fato, a julgar por um novo relatório, o Banco da Inglaterra provavelmente continuará aumentando as taxas de juros. O Scotiabank espera que a libra suba para 1,4000. No entanto, a cotação pode retroceder até o final do ano.

O índice do dólar americano testou o nível-chave de resistência de 99,50 e provavelmente continuará registrando ganhos.

O anúncio do leilão de títulos do Tesouro também impulsionou o dólar. O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou um leilão de US$ 84 bilhões em títulos, o maior valor em janeiro.

O relatório do ZEW revelou que a influência da Omicron na economia da Alemanha se estabilizou em janeiro, embora não tenha dado suporte ao euro. O dólar americano mais forte e a próxima reunião do Federal Reserve são agora os principais fatores que impulsionam o par EUR/USD. Embora o sentimento "hawkish" esteja crescendo gradualmente, o BCE não faz nenhuma declaração oficial sobre a mudança de sua postura de política monetária. A presidente do BCE, Christine Lagarde, está muito cautelosa com as ações do regulador, que podem prejudicar o euro e aumentar a inflação importada no final.

O EUR/USD perdeu 6,9% em uma base anual, de acordo com o Banco Nacional do Canadá. O banco comercial sugere que o par de moedas também não apresentará resultados impressionantes este ano.

Existem muitos fatores restritivos no momento, e a UE terá que lidar com questões da cadeia de suprimentos e pressão inflacionária. Além disso, o BCE provavelmente não dirá nada sobre o aperto da política monetária antes do final do ano.

Assim, o EUR/USD pode aproximar-se do nível de 1,1000 em meados de 2022, assume o Rabobank. O par pode então aumentar se apenas o regulador europeu começar a discutir algumas opções de aperto.