Os mercados de ações globais encerraram a semana em uma nota positiva, impulsionados pelas expectativas sustentadas de que os bancos centrais, liderados pelo Federal Reserve, concluirão o ciclo de dois anos de aumentos nas taxas de juros.

Relatos indicam que o índice PCE dos EUA e dados sobre gastos e rendimentos mostraram uma queda, enquanto o presidente do Fed, Jerome Powell, disse algo positivo. Embora ele tenha indicado que as taxas de juros permaneceriam inalteradas após a reunião de dezembro e que a taxa de juros básica permaneceria na faixa atual de 5,25-5,50% por algum tempo, o tom mais suave em relação à política monetária de seu discurso permitiu que os participantes do mercado acreditassem que não só a elevação da taxa parou, mas o alívio pode começar no novo ano.

Claro, muito dependerá da dinâmica dos indicadores de produção, do mercado de trabalho e, acima de tudo, da inflação. Se a inflação continuar a diminuir, eventualmente atingirá a meta de 2% ou algo próximo disso no primeiro trimestre do novo ano. Neste caso, o momento do início do alívio da política monetária se tornará mais tangível.

O mercado de dívida dos EUA também demonstrou uma queda constante nos rendimentos dos títulos do Tesouro pelo segundo mês consecutivo, confirmando as expectativas do mercado e exercendo pressão sobre o dólar.

Considerando tudo isso, o sentimento positivo nos mercados de ações, principalmente nos EUA e na Europa, continuará esta semana. Uma queda nos indicadores de produção estimulará a tendência por meio das expectativas do início dos cortes de taxas no novo ano. Significativas esta semana serão as publicações, principalmente dos dados do mercado de trabalho dos EUA. O número de novos empregos abaixo de 200.000 e, inversamente, um aumento nas reivindicações iniciais de seguro-desemprego acima deste nível confirmará a tendência para a probabilidade de mais uma queda da inflação e o alívio das taxas de juros.

Da mesma forma, se os dados de emprego tanto do ADP quanto do Departamento de Trabalho dos EUA não excederem as expectativas, e os indicadores de produção apresentados, reivindicações de benefícios de desemprego e vários outros indicadores também não estiverem acima das previsões, os mercados perceberão isso como um sinal para um rali e um enfraquecimento adicional do dólar.

Previsões para hoje:

USD/CAD:

O par permanece sendo negociado no intervalo de 1,3160-1,3885 no gráfico diário. Se os dados dos EUA ficarem abaixo das expectativas e os preços do petróleo se estabilizarem, o preço cairá abaixo de 1,3500, com uma queda potencial para 1,3385.

USD/JPY:

O par continua a cair em meio à fraqueza geral do dólar. Ele já caiu 23% de acordo com Fibonacci. Um avanço abaixo do nível de suporte de 146,23 pode servir como base para a retomada do declínio dos preços em direção a 144,75.