Em seu discurso, ele também enfatizou que o BCE acompanhará de perto os desenvolvimentos e está preparado para tomar as medidas necessárias para garantir a estabilidade financeira na zona do euro. A atenção especial está voltada para a inflação, que desacelerou significativamente, mas ainda permanece ligeiramente acima do nível-alvo do regulador.

Guindos afirmou que manter a resiliência dos bancos e do sistema financeiro é extremamente importante neste momento, destacando a necessidade de monitoramento mais rigoroso e do reforço do quadro macroprudencial para o setor não bancário. Os comentários foram feitos pouco antes da divulgação do relatório de estabilidade financeira do BCE, prevista para a próxima semana, que avaliará as crescentes ameaças aos bancos — a principal fonte de financiamento das empresas na região.

"A economia europeia está lidando surpreendentemente bem com as ameaças", afirmou o responsável político, acrescentando que, no momento, não há inclinação para novos cortes nas taxas de juros. Segundo ele, o crescimento econômico se mostrou ligeiramente melhor do que o esperado, enquanto a inflação está se aproximando ativamente da meta de 2%.

Como lembrete, no mês passado o FMI destacou os riscos representados por organizações não bancárias, afirmando que os credores tradicionais poderiam sofrer perdas significativas de capital caso surgissem problemas em outras partes do sistema, incluindo fundos de hedge e gestores de ativos alternativos.

As declarações de Guindos tiveram pouco impacto no mercado cambial.

Quanto ao panorama técnico atual do EUR/USD, os compradores precisam, primeiramente, recuperar o nível de 1,1615. Somente com essa recuperação será possível tentar testar 1,1640. A partir daí, o movimento rumo a 1,1680 pode ocorrer, embora sem o apoio dos principais participantes isso se mostre desafiador. O alvo mais distante permanece em 1,1710. Em caso de queda, espero ações significativas dos grandes compradores apenas ao redor de 1,1590. Se esse nível não segurar, será prudente aguardar uma renovação da mínima em 1,1565 ou abrir posições longas a partir de 1,1540.

Quanto ao GBP/USD, os compradores da libra precisam primeiro recuperar a resistência mais próxima em 1,3180. Só assim será possível mirar 1,3215, acima do qual uma quebra se tornará bastante difícil. O alvo mais distante está em 1,3244. Caso o par caia, os vendedores tentarão retomar o controle em 1,3133. Se tiverem sucesso, a quebra desse nível será um duro golpe para os compradores, empurrando o GBP/USD em direção à mínima de 1,3085, com potencial para alcançar 1,3050.