A maioria das empresas em todo o mundo tomou decisões difíceis sobre demissões em larga escala após a pandemia do COVID-19. A Sanofi francesa também está pronta para essa mudança, embora a principal empresa farmacêutica não tenha sido afetada pela crise. Esses cortes maciços de empregos causaram indignação entre os sindicatos da França.

A gigante biofarmacêutica de Sanofi, com sede em Paris, anunciou que 1.700 funcionários seriam demitidos na Europa. Mil pessoas poderiam ser demitidas na França.

A notícia veio como uma bomba, pois se esperava que a Sanofi seria a empresa que menos demitiria o seu pessoal. Diferentemente dos setores de manufatura ou serviços, a crise causada pelo coronavírus contribuiu para o aumento das vendas de medicamentos fabricados pela Sanofi. Não é preciso dizer que a indústria farmacêutica em todo o mundo se beneficiou da pandemia, apesar da paralisação das economias nacionais. Notavelmente, as autoridades francesas destinaram à Sanofi 610 milhões de euros para a pesquisa de vacinas e a criação de 200 empregos extras.

Os sindicatos estão intrigando as razões pelas quais a empresa de sucesso auxiliada pelo governo tomou essa decisão. Curiosamente, a gerência evitou comentários sobre demissões e problemas de produção.

Citando o chefe da Sanofi na França, Olivier Bogillot, a empresa vai rescindir contratos inteiramente a pedido dos funcionários. Quase todas as divisões estarão sujeitas a demissões, incluindo pesquisa, marketing e logística.