O Reino Unido abandonou a UE em 31 de janeiro de 2020. Londres e as autoridades da UE concordaram em um período de transição até o final de 2020. Enquanto isso, a legislação da UE permanece em vigor no Reino Unido até sua despedida em dezembro. Não é à toa que que o doloroso divórcio force os investidores a rever sua atitude em relação à libra esterlina e outros ativos britânicos. Os investidores são desencorajados por longas e fúteis conversas sobre o vital acordo comercial pós-Brexit que obscurece as perspectivas da economia britânica. Ao mesmo tempo, os líderes da UE inspiraram os investidores por seus esforços conjuntos, apesar da discordância original entre os legisladores. Como resultado, as autoridades da UE elaboraram o orçamento da UE para os próximos sete anos, o pacote de resgate e um roteiro preciso de como reviver a economia da UE. É evidente que os investidores escolhem a favor do euro.

Neste contexto, a moeda única europeia aproximou-se do nível mais forte desde o início de 2019. O Stoxx Europa 600, o principal índice de ações da UE, acrescentou US$ 3,5 trilhões desde meados de março. No total, o investimento nas ações da zona do euro se expandiu em 9%. As ações europeias vêm assumindo a liderança entre as ações globais desde maio. Enquanto isso, o Reino Unido está enfrentando uma dura realidade. A libra esterlina vem estendendo uma série de perdas. As ações de grandes empresas britânicas que são rastreadas no FTSE 100 caíram 17% este ano.

Especialistas do Bank of America definem o Reino Unido como a região menos favorita para os investidores. "Acreditamos que a libra esterlina está em processo de evolução para uma moeda que se assemelha à realidade subjacente da economia britânica: pequena e em contração com um crescente problema de déficit duplo semelhante às moedas mais líquidas [do mercado emergente]", disseram analistas na pesquisa em junho. Especialistas observam que as oscilações da libra esterlina desde a votação Brexit de junho de 2016 têm sido "neuróticas na melhor das hipóteses, imprevisíveis na pior das hipóteses".