Em seus primeiros dias, o bitcoin ganhou o status de "ouro digital" que é amplamente reconhecido como uma reserva de valor e uma proteção contra a inflação. No entanto, alguns especialistas apontam que a moeda digital tem seguido ultimamente o sentimento do mercado de ações em vez do ouro. Em 2021, o contexto macroeconômico moldou em grande parte a trajetória da criptomoeda. Seu preço foi especialmente influenciado pelas notícias sobre a política do Fed, a disseminação do coronavírus e as expectativas de inflação. No ano passado, a correlação entre o BTC e o S&P 500 ou o composto NASDAQ foi muito maior do que entre o bitcoin e o ouro. Na verdade, os dois ativos tiveram uma correlação negativa em diferentes períodos do ano. Isto confirma a opinião de que o bitcoin tem sido negociado em conjunto com as ações nos últimos meses como "investidores se ajustam aos planos do Federal Reserve para apertar as condições financeiras pela primeira vez em quase dois anos", relata a MarketWatch. Como evidência dessa tendência, a correlação de 100 dias entre bitcoin e ações representada pelo índice S&P 500 atingiu quase 0,49, o coeficiente mais alto desde julho de 2020, de acordo com dados do Dow Jones Market.