Apesar de possíveis ventos de proa no futuro, a Alemanha permanece fiel a suas crenças e princípios. A posição compartilhada da União Europeia, dos Estados Unidos e da grande maioria dos países sobre a Rússia é inabalável, mesmo considerando a escassez de energia.

As autoridades alemãs estão bem cientes da complexidade da situação em meio a um inverno frio que se aproxima. No entanto, elas não vão adotar uma mudança radical de atitude. “Estamos caminhando para uma situação muito difícil”, reconheceu o Ministro alemão para Assuntos Econômicos e Ação Climática, Robert Habeck, avaliando a situação diante da redução do fornecimento de gás da Rússia. De acordo com Habeck, o governo alemão percebe que a Europa está fortemente dependente do gás. Portanto, as medidas que ele está adotando e sua abordagem gradual são corretas, ele observou. Ao mesmo tempo, o alto funcionário expressou confiança de que o fornecimento de gás poderia ser assegurado até o próximo inverno.

"É crucial que as instalações de armazenamento de gás estejam cheias durante o inverno, o que significa que estão em 90%", disse Habeck, acrescentando que as unidades de armazenamento alemãs estão atualmente 57% cheias. Ele prevê que o país poderá ficar por dois meses e meio sem gás russo neste inverno. Ao mesmo tempo, o governo planeja continuar comprando gás do exterior no inverno, mesmo que a Rússia deixe de fornecer gás para a Europa.

Neste ínterim, a Alemanha, que faz todos os esforços para reduzir sua dependência das importações de energia russas, continua a acumular reservas de combustível em depósitos subterrâneos de gás. Atualmente, elas estão quase 53% cheias. A maior economia da Europa pretende atingir 90% de capacidade até 1º de novembro.