O grande banco de investimentos JPMorgan Chase & Co prevê que os preços do petróleo poderão em breve chegar a US$380 por barril se as sanções dos EUA e da Europa levarem a Rússia a tomar medidas de retaliação.

O Grupo das Sete Nações está atualmente criando um mecanismo para limitar o preço do petróleo russo. Em resposta, a Rússia poderia cortar a produção diária de petróleo bruto em 5 milhões de barris sem causar danos graves à economia nacional, adverte a JPMorgan. Como resultado, tal decisão poderia levar a consequências desastrosas para outros países, acreditam os especialistas.

Um corte de 3 milhões de barris em suprimentos diários elevaria os preços globais das commodities para US$190. Na pior das hipóteses, sugerindo uma redução nos suprimentos em 5 milhões de barris, o petróleo pode subir a um preço “estratosférico” de US$380 por barril, apontou JPMorgan.

Os analistas do banco enfatizam que o risco "mais óbvio e provável" para a economia europeia é que a Rússia poderia retaliar, reduzindo as exportações de commodities. Especialistas afirmam que esta medida “infligirá dor ao ocidente”.

Anteriormente, os líderes dos países do G7 anunciaram sua intenção de implementar um limite de preço para o petróleo russo para reduzir as receitas de Moscou. Paralelamente, a União Europeia impôs um embargo ao fornecimento de petróleo offshore da Rússia, como parte de seu sexto pacote de sanções. Especialistas advertem que estas decisões políticas podem provocar um desequilíbrio no mercado global.

Segundo o relatório sobre o estado atual da indústria russa de petróleo e gás diante das sanções, Kept previu que a produção de petróleo da Rússia, excluindo o condensado de gás, diminuiria em 10% para 438 milhões de toneladas até o final de 2022. A atual queda na produção é compensada pelo aumento dos preços das commodities. Desde o início deste ano, o petróleo bruto Brent de referência mundial aumentou 50%, de US$ 75 para US$ 110 por barril.