A economia dos Estados Unidos está passando atualmente pelo pior declínio em décadas. Muitas pessoas e empresas que foram gravemente afetadas pelo coronavírus estão esperando a ajuda do governo. A expectativa pela adoção das medidas necessárias ao apoio à economia e ao início da vacinação são pontos-chave que podem afetar significativamente o mercado financeiro nesta semana.
Na sexta-feira, os principais índices de ações de Wall Street saltaram para recordes. Tudo isso sem dúvida se deve ao progresso da vacina COVID-19 e às expectativas de novos incentivos. Pelas projeções dos analistas, o Federal Reserve dos EUA ainda fortalecerá seu programa de compra de títulos na próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto do FOMC, ou seja, no dia 16 de dezembro.
O Dow Jones saltou 0,8% ou 248 pontos, encerrando as negociações de sexta-feira em alta recorde. Dinâmica semelhante no S&P 500 em 0,9%, o que no final também é um novo recorde. O índice NASDAQ Composite não ficou de fora, subindo 0,7% para um recorde de 12,464 pontos.
Nesta semana, dificilmente podemos esperar um aumento significativo nos índices de ações. Após os números recordes da semana passada, eles devem esperar muita volatilidade. Isso se deve em grande parte às novas restrições que devem entrar em vigor em breve para conter a propagação do vírus.
No entanto, os dados divulgados na última sexta-feira mostraram o crescimento mais lento do emprego nos EUA em meio ano. Os números divulgados lembram ao governo que é hora de reanimar a economia entorpecida do país com um novo projeto de estímulo fiscal. Se o Congresso não tomar medidas oportunas a esse respeito, mais de 13 milhões de americanos perderão seus benefícios de desemprego em 26 de dezembro.
Finalmente, após um longo impasse entre republicanos e democratas, as coisas decolaram: o plano de ajuda, que fornece US $ 908 bilhões em fundos para combater o vírus, recebeu apoio do Congresso na sexta-feira passada. No entanto, o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, tem a palavra final. Há uma grande probabilidade de que ele simplesmente não concorde com esse pacote de apoio em grande escala, porque antes disso ele insistia em mantê-lo no nível de apenas US $ 500 bilhões.
Não há tantas opções para o desenvolvimento de eventos neste caso: ou adotar um orçamento de US $ 1,4 trilhão até 11 de dezembro, ou arriscar e fechar o governo. O Congresso também pode aprovar uma resolução sobre gastos sem incluir incentivos.
Qualquer notícia sobre uma nova etapa no combate à pandemia - o início da vacinação - é importante para o mercado financeiro. O Comitê Consultivo da Food and Drug Administration (FDA) está agendado para realizar uma reunião na quinta-feira sobre a emissão de uma licença de uso de emergência para a vacina COVID-19 PFE. Ao mesmo tempo, o Reino Unido já está pronto para se tornar o primeiro país a distribuir uma vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech esta semana. Na semana passada, o governo britânico apressou-se em conceder permissão para o uso emergencial das vacinas Pfizer e BioNTech na Inglaterra.
Este ano, o PIB do Reino Unido está experimentando a maior queda dos últimos 300 anos, conforme relatado pelo chefe de finanças do país, Rishi Sunak. Segundo ele, esse prejuízo econômico será sentido por muito tempo. A economia do Reino Unido não deve retornar aos níveis anteriores à crise até o quarto trimestre de 2022.
As primeiras doses da vacina estão programadas para serem entregues na terça-feira, 8 de dezembro. Ela será aplicada principalmente a pessoas com mais de 80 anos de idade, profissionais de saúde, bem como funcionários e residentes de asilos. Os especialistas acreditam que até o final de 2020, cerca de 20 milhões de pessoas serão vacinadas em todo o mundo.
