Os preços do petróleo caíram consideravelmente na manhã de quinta-feira, mas no decorrer das negociações da tarde ele subiu novamente. Notícias sobre o aumento das reservas de combustível nos EUA, declarações de representantes da Reserva Federal e notícias da China influenciaram o mercado.

O petróleo Brent negociado em Londres para entrega em março foi de $85,60 por barril às 15h35, horário de Londres, que foi 0,81% acima da leitura final do dia de negociação anterior.

Em fevereiro, o contrato mais negociado no New York West Texas Intermediate, ou WTI, o petróleo bruto foi liquidado a $80,37 por barril, 0,66% acima do fechamento da sessão anterior.

Na quarta-feira, as cotações do petróleo foram extremamente voláteis: os preços atingiram os máximos desde o início de dezembro, mas depois começaram a cair em meio a um discurso de James Bullard, Governador do Banco da Reserva Federal de St.

Bullard disse ao The Wall Street Journal que o banco central americano faria bem em continuar aumentando a taxa de juros de referência nos Estados Unidos para finalmente aliviar o frenesi inflacionário. Naturalmente, tais palavras mais uma vez despertam o temor de que o Fed possa aumentar as taxas novamente em 50 pontos base em sua próxima reunião.

Além disso, os dados do Instituto Americano de Petróleo (API) divulgados na noite de quinta-feira disseram que o Fed está considerando uma acumulação de 7,6 milhões de barris na semana passada. A propósito, uma semana antes, os estoques de petróleo nos EUA cresceram em 14,87 milhões de barris.

Dados oficiais do Departamento de Energia dos EUA, divulgados hoje, mostraram que os estoques de petróleo bruto nos EUA aumentaram em 8,408 milhões de barris para a semana encerrada em 13 de janeiro, embora os analistas tivessem esperado uma queda de 0,6 milhões. Ao mesmo tempo, a produção de petróleo permaneceu inalterada em 12,2 milhões de barris por dia, em comparação com a semana anterior.

Graças às notícias da China, as cotações do petróleo subiram na quinta-feira. Como um dos maiores consumidores de petróleo do mundo, a China finalmente suspendeu algumas restrições de quarentena, o que significa que a economia do país conseguirá se desenvolver em um ritmo mais rápido e a demanda por combustível aumentará. Hoje estamos assistindo apenas a um aumento acentuado das importações de petróleo bruto para a China e a uma queda perceptível das exportações. Isto só pode significar uma coisa - a China está realmente se preparando para um aumento significativo da demanda. Há uma alta probabilidade de que no primeiro trimestre haja um impacto em larga escala nos preços globais do petróleo.

No entanto, a Bloomberg informou que a administração Biden se opõe à redução do limite de preço do petróleo russo. A agência esclarece que o petróleo bruto dos Urais russos está sendo negociado atualmente abaixo dos preços mundiais e do limite máximo de $60 por barril.

Lembre-se de que em 5 de dezembro, as sanções dos países ocidentais contra o petróleo russo entraram em vigor. Assim, a União Europeia recusou-se a aceitar o petróleo russo, entregue ao continente europeu por via marítima, assim como, com os países do G7 e a Austrália, impôs limites de preço para seu transporte marítimo. Em outras palavras, o petróleo russo que custa mais de 60 dólares por barril não pode ser transportado e segurado. Há uma alta probabilidade de que desde 5 de fevereiro as mesmas medidas sejam introduzidas para os produtos petrolíferos. Em resposta, o Kremlin emitiu um decreto que proíbe a venda de petróleo russo a países que colocam um limite em seu preço de venda, e isto começará em 1º de fevereiro.