A análise de onda do gráfico de 4 horas do par EUR/USD permanece consistente. Durante o ano passado, observamos apenas três estruturas de onda alternadas. Atualmente, estamos testemunhando a formação de outra estrutura de três ondas - uma tendência descendente que começou em 18 de julho do ano passado. A suposta onda 1 está concluída, enquanto a onda 2 ou b foi complexa, mas atualmente também parece estar completa, considerando o declínio contínuo do par ao longo do último mês.

Embora o segmento ascendente da tendência ainda seja uma possibilidade, sua estrutura interna seria difícil de discernir. Prefiro destacar estruturas de onda que não permitam interpretações ambíguas. Se a análise atual estiver correta, o mercado pode ter começado a formar a onda 3 ou c. Neste momento, acredita-se que a onda 2 em 3 ou c esteja em construção. Se esse for o caso, uma tentativa malsucedida de ultrapassar o nível de Fibonacci de 61,8% pode indicar a conclusão dessa onda. No entanto, a queda nas cotações do par não deve ser considerada concluída neste estágio. Alternativamente, a análise da onda pode se tornar consideravelmente mais complexa.

O mercado não está com pressa para tomar decisões.

A taxa de câmbio do par EUR/USD permaneceu estável na segunda-feira. Geralmente, o pregão norte-americano é mais ativo que o europeu, mas hoje, sem notícias de fundo, não espero movimentos de grande amplitude até o final do dia. Ultimamente, tem sido difícil antecipar movimentos significativos de alta em geral. O par tem se mantido entre os níveis de Fibonacci de 61,8% e 76,4% por quase duas semanas, sem razões aparentes para sair desse intervalo. No entanto, é importante reconhecer que motivos podem surgir ao longo desta semana.

Na quinta-feira, o Banco Central Europeu divulgará os resultados de sua segunda reunião deste ano. Embora as taxas de juros devam permanecer inalteradas, as declarações de Christine Lagarde podem dar indicações sobre o início da flexibilização da política monetária no futuro. Estou particularmente interessado na reação do BCE ao último relatório de inflação, que mostrou uma desaceleração do principal indicador para 2,6%. Se Christine Lagarde ou o Conselho do BCE considerarem suficiente para começar a flexibilizar, uma possível divulgação dessa informação poderia diminuir a demanda pelo euro novamente.

A análise de onda sugere uma nova queda do euro. No entanto, o mercado já parece ter precificado quase que totalmente as expectativas em relação às taxas. A opinião geral é de que o primeiro corte ocorrerá em junho, alinhado com as projeções do Fed. A menos que Christine Lagarde faça declarações que alterem esses prazos, a reação do mercado pode ser bastante morna. Esta semana reserva outros eventos importantes, e espero que pelo menos alguns deles ajudem a tirar o mercado de seu estado passivo.

Conclusões.

Com base na análise do EUR/USD, concluo que a formação de um conjunto de ondas de baixa continua. A onda 2 ou b assumiu uma forma completa, portanto, em breve, espero a continuação da construção de uma onda descendente impulsiva 3 ou c com um declínio significativo no par. Atualmente, também está sendo formada uma onda corretiva interna, que pode já ter sido concluída. Continuo a considerar apenas vendas com metas próximas ao nível calculado de 1,0462, que corresponde a 127,2% de Fibonacci.

Em uma escala de onda maior, é possível observar que a suposta onda 2 ou b, que em comprimento excedeu 61,8% de Fibonacci da primeira onda, pode estar concluída. Se esse for, de fato, o caso, então o cenário de formação da onda 3 ou c e a descida do par abaixo da 4ª figura começou a ser implementado.